Na penúltima quarta-feira (17/03), uma jovem lésbica fora assassinada no Bairro Alto Boa Vista, em BH. Após sair em companhia de sua parceira, ambas foram abordadas por criminosos armados e, uma delas, após ser coagida a adentrar um terreno baldio, fora assassinada com requintes de crueldade. Tal caso não recebera imensa repercussão midiática e tampouco fora veiculado nos mais influentes perfis feministas de nosso país. Contudo, este tratou-se de um dentre os inúmeros casos de violência masculina contra mulheres lésbicas e sáficas (bissexuais) no Brasil.
Dentre os diversos mecanismos disciplinares que vigoram em sociedades patriarcais, a violência sexual se trata do martírio mais imposto sobre a classe feminina. Ademais, quando mulheres desviam da orientação compulsória da heterossexualidade e imergem no contato afetivo, político e sexual entre si, um dos elos mais potentes da opressão patriarcal torna-se fragilizado: o controle emocional e reprodutivo. Afinal, quando não somos inteiramente coagidas pela cultura, religião e estereótipos sociais, a violência torna-se a última e mais vigorosa arma contra nós empregada.
Segundo dados do Dossiê sobre Lesbocídio (2017), “nos casos de lesbocídio, cerca de 83% das vítimas foram assassinadas por homens que não necessariamente possuíam parentesco com elas, mas que têm aversão a lésbicas, ou seja, foram motivados pela lesbofobia”. O ódio às mulheres lésbicas e sáficas se trata de um projeto de manutenção da hegemonia patriarcal sobre os corpos femininos. E, esta é uma questão a qual deve ser continuamente abordada no movimento feminista. Afinal, como dizia a teórica feminista e lésbica Audre Lorde: “Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas.”.
As músicas da Lana são controversas, Lolita parece ser uma referencia ao livro lolita de Vladimir Nabokov que narra do…